Àquela garota…
O propósito já não me importa, Naquelas quadras só existem cruzes, De tão pequenas: infinitas, De tão impotentes: inúteis! As linhas soaram ao calar das entrelinhas... Rabiscos definharam sem sentido Submersos na obscura vã consolação De uma disputa labial progenitiva. Àquele tal, não se deve mais respeito, Pois buscou prazer, Magoá-la sem pretexto. Àquela garota, não se deve mais declínio, Pois ao prender-se aprendeu: Almejar e não alcançar, Nada é tão ruim que não possa piorar! Expectativas redundaram: "Liberdade ainda que tardia" Distantes olhos lacrimejaram Desviou-se o olhar... Esquecendo a utopia! Uma espécie especial (goblins no poder), Orgulhosa certeza de assassinatos alimentada... Sem jamais tocar e nunca retroceder Numa madrugada nublada, Mais uma manhã, Pura e bela, há de morrer! E então, Depois do final, o que lhe resta? Ora, ora, minha cara... Eu nunca tive nada: Mas você... Há de tudo perder! Nessa triste madrugada, Aonde está sua soberania? Se curvando ao paradigma, Ou se escondendo junto à melancolia? Numa quarta começa... Numa segunda termina. Desta lenda trivial que agora finda, Certa ilha recita ainda: Tal pai, tal filha!