Luminosidade absoluta, relatividade sombreada
Teorias modernas, A física triplamente terceirizada Agenda uma natureza adotada, Incrementa humanidade conotada, E não se interessa o quanto foi estudado, Ela foi desbravada, Interpretada, Equacionada, E Desvendada. Então aí deparam-se magos do futuro, Ou indiferentes idiotas do passado? No entanto, a luz como rede enigmática, Argumenta pretérita modernidade e eterna prosperidade. Seria ela a chave do tempo? Então com ela a relatividade? Senão, sem ela a presente realidade? Ou mero pretexto de saudade? Sabe-se lá... Mas o que sei cá, É que sua absoluta velocidade, Equivocada está! E sua soberania ascendente do prelúdio temporal, Movida por moinhos vertiginosos doutra dimensão Não é mais, assim, tão desigual! A veracidade dialética do universo É uma certeza eloqüente! Agora percebo que há sombras de tanta gente... Pensamentos esquecidos, Noites perdidas, Expectativas ignoradas. E ainda encontram-se todas paradas Legitimando a luz sem razão. (Desculpando-se sem pedir perdão...) Pois bem, Façamos aqui uma ligeira comparação, Deste pobre ser que alega dotar alguma razão: Tão descritiva e rápida, Não se dará em comunhão sentimental, Mesmo que perdido entre os eus, Que provaram paralelas inferentes para tal! Que isso seja fora de contexto! E se for só mais um pretexto! Que seja! Eu o almejo, pois tão quão veemente! Para dizer que além do horizonte, Há uma sombra projetada dentre a mente. Ela é rápida, Sagaz-fugaz Entretanto moderada ao equilíbrio opositório. Pertinente ao molde de uma iluminação Que reflete o espírito da negação. Pois quanto mais rápida for a luz, Tão mais veloz será a sombra projetada Proveniente de seu desejo impraticável Da rara pureza parada. E pelo maior infortúnio de quem viu, E pela menor lembrança tal qual reviu, Conclui-se a prova paralela, De duas naturezas opostas, Que de luz e sombra é feita! Da sombra a vida alheia! Da luz uma idéia perfeita! Ambas fadadas a existir, Mesmo que sem consentir, Uma pela outra... (A outra e a primeira) Uma relação absoluta De indubitável carência! E até que o universo se parta em absurdos intangíveis Em leis lógicas-negalógicas imprudentes Em código perplexo reentrante... Nada fará com que a relatividade dessa existência Seja um cônjuge inobstante. Alternar em sentidos complementares, Complementar a mesma idéia, Faltar perícia intitulada De qualidade reduzida e abstrata! Agora, só o que me falta... É entender por quê a idéia que carece, É a mesma que desaparece, Negando a negação, Constrangendo minha razão!