OITOFELIX

Terra do nunca

Às vezes sempre digo nunca,
E minto pra mim mesmo...
Dizendo que nunca disse nunca!

Pro meu ego me confortar?
Simplesmente minha razão me saciar!
E quando lá fora saio a caminhar,
Há sempre um novo mundo a interpretar.

Cada vez que caminho pelas ruas,
Parece que elas começam a ficar sempre mais estreitas:
Devido a um pequeno feixe de luz no alto de um arranha-céu,
E procuro ficar ao léu observando quantas janelas são iguais...
Com tal distração, meu aprendizado se satisfaz!

E se fixo o olhar em uma só janela,
Imagino que lá existe um sentinela.
Ele pode estar a me vigiar...
Mas mesmo assim não consigo parar de olhar!

Pareço um tanto bitolado,
Mas aos poucos sou curado...
Só não quero carregar o fardo
De ser novamente violado!

Em meio de uma fixação contínua do olhar
Noto que a luz daquela janela veio a se apagar...
No entanto decidi que uma "boa-nova-lição" iria buscar!

Sobrevoarei a "Terra do Nunca" até um dia aterrissar
Para que meu legado, eu possa vir a completar
E novamente, o frio da manhã estarei a assassinar,
Buscando nunca dizer nunca, para o obstáculo obliterar.

Se fechar os olhos:
Não atire no escuro!
Mas se ainda enxerga de olhos fechados:
Acerte o objetivo desejado!
Mire no espelo,
E se possível tente atravessá-lo...
Mas nunca diga nunca,
Caso não esteja na "Terra do Nunca"!